segunda-feira, 5 de março de 2012

BIOGRAFIAS: SMITH WIGGLESWORTH



O Pastor e historiador Roberts Liardon, em seu livro “Os Generais de Deus”, já começa a falar de Smith Wigglesworth chamando-o de O Apóstolo da Fé. E abre o capítulo referente a esta importante figura religiosa britânica reportando um acontecimento digno de ser relatado:

Quando meu amigo disse: ela está morta, ele estava apavorado. Eu nunca tinha visto um homem tão assustado em toda a minha vida... O que devo fazer, perguntou ele. Você pode até achar que o que eu fiz em seguida tenha sido algo absurdo, mas corri até a cama e a arranquei de lá. Carregando-a nos ombros, levei-a até a parede e a ergui, firmando o seu corpo contra aquela parede, já que ela estava realmente morta. Olhei firmemente para o seu rosto e disse: Em nome de Jesus eu repreendo este espírito de morte... Repentinamente, todo o seu corpo começou a tremer, desde o alto da cabeça até a sola do pé... E continuei: Em nome de Jesus, eu te ordeno que andes, disse a ela...tornei a repetir: Em nome de Jesus...Em nome de Jesus, ande! E ela andou.

A ressurreição de mortos era apenas uma das facetas extraordinárias do ministério de Wigglesworth.

Smith Wigglesworth nasceu em Menston, Yorkshire, na Inglaterra aos 8 de junho de 1859 e faleceu em Wakefield o dia 12 de março de 1947. Ele se constituiu em uma importante figura religiosa britânica do fim século 19, além de ser por demais importantes na história do início do pentecostalismo.

Este inglês, ungido e escolhido por Deus, nasceu em uma família pobre. Aos seis anos já trabalhava duro, ajudando o pai, colhendo nabos em uma plantação. Aos sete acompanhou o pai no trabalho em uma fábrica de tecidos de lã que havia em sua cidade. Nas horas de folga, capturava pássaros cantadores e os vendia no mercado da cidade, para ajudar ainda mais no sustento da família.

Os pais de Wigglessworth nunca se preocuparam em ensinar o menino a orar. Mas sua avó era cristã e fazia questão de levá-lo à igreja. Ele ia e ficava observando os adultos baterem palmas e cantarem hinos ao Senhor. Assim, aos oito anos, ele já tinha uma boa noção do louvor e começou a participar mais ativamente nos cânticos e passou a entender o que Jesus havia feito por ele, por intermédio de sua morte e ressurreição.

Aos treze anos a família do menino se mudou para Bradford, onde ele começou a participar ativamente da Igreja Metodista Wesleyana. Sua vida espiritual ganhou um novo significado ele, que nunca tinha ido à escola, tendo aprendido a arranhar a leitura em uma velha bíblia, nunca saia de casa sem levar consigo, no bolso o seu Novo Testamento. Alguns jovens foram convidados pela igreja para participarem de uma reunião especial de pregação, entre eles, Smith Wiglessworth. No seu momento, depois de muito orar e pedir ajuda a Deus, ele subiu ao púlpito e pregou durante quinze minutos. Terminada a pregação ele não tinha a menor idéia do que falara, porém surpreendeu-se com os aplausos e gritos de entusiasmo das pessoas.

Quando tinha dezessete anos, um homem que trabalhava junto com ele resolveu ensinar-lhe a profissão de encanador Esta parte foi fundamental na vida de nosso missionário, porém o que marcou mesmo foi o amigo ensinar e explicar a ele o significado e a importância do batismo nas águas.

O casamento de Wigglesworth teve papel mais do que fundamental em sua vida. Ele conheceu e se apaixonou por Mary Jane Featherstone, conhecida por Polly. Ela vinha de família metodista, de posses e tinha deixado o luxo da sociedade para pregar junto com o pessoal do Exercito de Salvação, onde ficou por pouco tempo em razão de seu envolvimento com Smith. Em 1882 eles se casaram. Sua esposa, Polly, o ensinou a ler, e ele nunca leu outro livro senão a Bíblia. Assim como no caso de outras pessoas que experimentaram milagres de cura, uma cura pessoal, de um caso de peritonite, voltou a sua atenção à cura divina. Até que recebeu o batismo com o Espírito Santo, em 1907, ele tinha um negócio secular, com hidráulica, e ajudava sua esposa em uma missão. Ela era uma pregadora, e estava constantemente dando testemunho a outras pessoas, ganhando almas para o reino.

Durante seus cultos, Polly Wigglesworth pedia seu esposo para pregar, mas ele se desconcertava e desconcertava também aos que assistiam por seu medo de falar. Uma vez, os homens da congregação sentiram de impor as mãos sobre ele e orar. Apesar de seus melhores esforços e dos esforços que outros faziam, continuou sendo um fracassado orador. Finalmente, declarou que nunca falaria em público outra vez.

Entretanto, quando recebeu o batismo no Espírito Santo, sua vida foi transformada. Naquela época, sua esposa não acreditava na história de falar em línguas, e ela o desafiou a pregar no domingo seguinte, conhecendo a sua falta de habilidade lingüística. A unção caiu e ele falou com grande clareza e coragem. Polly estava tão surpreendida, que repetia gritando: Esse não é o meu Smith… O que aconteceu com esse homem? Rapidamente um simples trabalhador sem instrução foi transformado em um impressionante pregador de fé.

Wigglesworth entendia que a enfermidade e as doenças eram do diabo, de modo que foi conhecido pela maneira com que tratava as pessoas enfermas, em demonstrações físicas surpreendentes e emocionantes. Por volta de 1890, Smith viajou pra Leds, para comprar material para a sua loja de hidráulica. Estando na cidade resolveu ir a uma igreja onde estavam sendo realizados cultos de cura divina e ficou bastante impressionado com o que viu. A sua primeira experiência com cura divina aconteceu em 1900. Ele, que desde a infância, sofria com problemas de hemorróidas. Um ministro do evangelho que o visitava soube de seu sofrimento, orou por ele e declarou em fé que ele seria curado dessa enfermidade. Smith, que tinha que fazer banhos de assento diários, com sais medicinais, ficou convencido de que era a vontade de Deus curá-lo e parou com os banhos. Descobriu, então, que estava completamente curado e nunca mais sofre com o problema.

O evangelista Lester Sumrall lembra a primeira vez que foi testemunha de Wigglesworth em ação. Certa vez ele conduzia um culto de cura na Califórnia, quando lhe trouxeram um homem com câncer, em estado terminal. Ele estava tão perto da morte que o médico que o ajudava foi com ele para monitorar seus sinais vitais. Smith, com sua natureza rude, disse ao médico: O que está acontecendo? O doutor lhe respondeu: ele está morrendo de câncer. Sem dar tempo de nada, Smith bateu no estômago do homem com tal força que ele desmaiou. O médico rapidamente o atendeu e gritou: “Ele está morto! Você o matou! A família exigirá explicações! Wigglesworth não se moveu. Ele simplesmente respondeu: Ele está curado. E sem preocupar-se, seguiu orando por outras pessoas no culto. Dez minutos mais tarde, o homem, com sua roupa de hospital, chegou pelo corredor, procurando por Wigglesworth, totalmente curado. Isto não impressionou nem um pouco ao apóstolo, pois era, exatamente, o que ele esperava. E continuou orando pelos outros que necessitavam.

Em outra ocasião, no Colégio Sião, uma mulher paralítica, frágil, chegou para que orassem por ela. Smith Wigglesworth orou, quase com impaciência. Como era habitual, imediatamente, ordenou que caminhasse. Ela, duvidando, começou a olhar ao redor. Sem nenhum tipo de aviso, Wigglesworth foi por detrás dela e a empurrou. Quando ela, tropeçando, começou a correr, ele a seguia pelo corredor gritando: Corra, senhora, corra... ela correu o bastante para sair do alcance dele. Eventualmente, conseguiu alcançar a saída e correu pelas ruas, aparentemente tão assustada quanto curada.

Para Albert Hibbert, o amigo mais próximo de Smith Wigglesworth, o evangelista dizia: Eu não maltrato as pessoas, eu maltrato o diabo. E se as pessoas se põem no caminho, não posso fazer nada…não se pode tratar gentilmente com o diabo, nem dar a ele conforto; porque ele gosta muito da comodidade. Smith Wigglesworth também passou por tempos de sofrimento: perdeu sua amada esposa seis anos depois de sua transformação em um grande homem de fé, com uma unção especial. Em 1913, sua esposa Polly morreu sem nenhuma razão aparente, quando estava a caminho de uma reunião em que ela iria pregar.

Quando voltou a sua casa, Wigglesworth foi ao quarto onde se encontrava, na cama, o corpo de sua esposa morta. Ele repreendeu o espírito de morte e ordenou à vida, que regressasse. Polly abriu os seus olhos e disse: Por que você fez isso, Smith? Eu não desejava voltar à terra. E depois de uma conversa carinhosa, ele a deixou ir para o céu.

Catorze pessoas foram documentadas como ressuscitadas, voltando à vida de entre os mortos, através do ministério de Wigglesworth. Ainda que, de forma não oficial, esse registro poderia chegar a vinte e três pessoas. Não existia nada tão grande para a sua fé. Desde ressuscitar mortos, dores de cabeça a cânceres eram tudo o mesmo para ele. Há algo demasiadamente difícil para Deus?

Smith Wigglesworth, anos depois, se tornou um homem de tal magnitude, que o evangelista de cura Oral Roberts, disse uma vez diante de outros companheiros evangelistas: devemos a este homem uma dívida impossível de calcular.


No dia 12 de março de 1947, Smith estava indo ao funeral de um ministro amigo seu. Durante o caminho ele tinha comentado com amigos que estava se sentindo maravilhosamente bem. Com alegria, visitou alguns lugares que ele tinha visitado com sua querida Polly e falou sobre milagres que tinham ocorrido quando pregavam na cidade. Ao chegar à igreja, encontrou o pai de uma menina pela qual ele havia orado quatro dias antes. A família já tinha aceitado que a menina iria morrer, mas Smith tinha grande fé na sua cura. Tão logo viu o homem perguntou se a filha estava bem. Esperava uma resposta positiva, mas a resposta veio meio relutante, dizendo que ela estava um pouco melhor. Bastante desapontado, Smith Wigglesworth suspirou profundamente, inclinou a cabeça e morreu.


Sua vida foi um exemplo de fé, de determinação, de vontade de servir a Deus e amar o próximo. Nunca, em sua casa, entrou um só remédio. E só leu, durante toda a sua vida, um único livro. A Bíblia sagrada.