quarta-feira, 28 de março de 2012

Trechos do livro Quando o céu invade a terra de Bill Johnson


Uma Figura do Antigo Testamento

Israel deixou o Egito quando o sangue de um cordeiro foi derramado e aplicado nos umbrais de cada uma de suas casas. Do mesmo modo, fomos libertos do pecado quando o sangue de Jesus foi aplicado em nossas vidas. Os israelitas logo chegaram ao Mar Vermelho. A passagem deles em meio aquela massa de água foi interpretada como sendo o batismo de Moisés. Semelhantemente, passamos pelas águas do batismo depois da nossa conversão. Quando os judeus finalmente entraram na terra prometida, eles atravessaram um rio: um outro batismo.

Este segundo batismo não representa a libertação do pecado. Isso foi representado quando eles saíram do Egito. Este novo batismo os levariam a um novo modo de vida. Por exemplo, eles fizeram guerras antes de atravessarem o rio, e as venceram. Mas depois que passaram pelo rio Jordão, suas guerras seriam travadas de modo diferente. Agora eles poderiam andar em torno de uma cidade em silencio por alguns dias e, por fim, ao fazerem um clamor com gritos veriam os muros ruir. Posteriormente os israelitas tiveram a experiência do desafio que foi enviarem primeiro um coro, antes da batalha. E também um dia Deus propositadamente dispensou mais de trinta mil soldados, mandando-os voltar para casa, para que Ele pudesse lutar a guerra com apenas trezentos tocadores de trombeta portando tochas de fogo.

O Senhor faz da Terra Prometida uma realidade, e nós pagamos o preço para nela viver. Ele nos dará o Seu batismo de fogo se Lhe dermos algo que valha a pena ser queimado.
O batismo do Espírito Santo é o cumprimento na figura do Antigo Testamento referente à entrada na Terra Prometida. Suponhamos que os filhos de Israel tivessem decidido atravessar o Jordão, mas se satisfizessem em permanecer às margens daquele rio. Eles teriam, antes de mais nada, perdido o objetivo daquela travessia. Havia nações para destruir e cidades para tomar posse. A satisfação fora dos propósitos de Deus significaria para eles que teriam que aprender a conviver com seus inimigos. É exatamente isso que acontece quando o crente é batizado no Espírito Santo, mas nunca vai além de falar em línguas. Quando nos satisfazemos fora do propósito final de Deus, que é estabelecer o seu domínio, aprendemos a tolerar o inimigo em alguma área da nossa vida. Por mais glorioso que o dom de línguas seja, ele é apenas uma porta de entrada para uma vida de poder. Esse poder nos foi dado para despojarmos as fortalezas do inferno e delas tomarmos posse, para a glória de Deus.

O valor da Presença do Espírito

Bem mais do que qualquer outra coisa, é o próprio Espírito Santo o maior dom que recebemos. Aqueles que descobrem o valor da Sua presença entram em esferas de intimidade com Deus nunca antes consideradas possíveis. A partir desse relacionamento vital surge um ministério de poder que anteriormente era apenas um sonho. O que é incompreensível torna-se possível porque Ele está conosco.
Eu serei contigo é a promessa feita por Deus a cada um de seus servos. Moisés ouviu isto quando aceitou o desafio de libertar Israel do Egito. Josué recebeu esta promessa quando liderou a entrada de Israel na Terra Prometida. Quando Gideão recebeu o chamado de Deus para ser libertador de Israel, Deus selou Sua palavra com a mesma promessa. No Novo Testamento, esta promessa veio a todos os crentes através da Grande Comissão. Ela torna-se vital quando Deus nos pede para fazer algo que humanamente é impossível. É importante vermos isso. É a presença de Deus que estabelece a ponte entre nós e o que é impossível. Costumo dizer ao meu pessoal: “Ele está em mim para o meu bem, mas Ele está sobre mim para bem de vocês.” Sua presença torna tudo possível! Deus não precisa fazer experiências para realizar algo sobrenatural. Ele é sobrenatural. Ele teria que fazê-las para não o ser. Se Ele é convidado para uma situação, não devemos esperar nada menos que uma invasão sobrenatural


O avivamento é o ambiente em que o poder de Cristo tem maior possibilidade de se manifestar. Esse poder toca em todas as partes da vida humana, penetrando com muita força na sociedade com centelhas de uma revolução. Esta glória tem um custo, e não é para ser desprezado. Não obstante, uma igreja sem poder tem um custo bem maior em termos de sofrimento humano e perdas de almas. Durante um avivamento, o inferno é saqueado e o céu é povoado. Sem avivamento, o inferno é povoado – e ponto final.